No dia 04 de setembro aconteceu o Encontro de Fiandeiras da 5ª Jornada Mineira do Patrimônio Cultural. Esta administração acredita que cada ser humano é um eixo de interação de ensinar e aprender, cada pessoa é em si mesmo uma fonte original de saber e de sensibilidade. Em cada momento de nossas vidas estamos sempre ensinando algo a quem nos ensina e estamos aprendendo alguma coisa junto a quem ensinamos algo. Ao interagir com ela própria, com a vida e o mundo e, mais ainda, com círculos de outros atores culturais e de seus círculos de vida, cada pessoa aprende e reaprende. E, assim, cada mulher ou homem é um sujeito social de um modo ou de outro culturalmente socializado e é, portanto, uma experiência individualizada de sua própria cultura.
O Encontro de Fiandeiras é um momento especial para que a população guardamorense tenha a oportunidade de vivenciar o modo de fiar e tecer que faz parte do patrimônio imaterial da cidade e necessita ser preservado para que as futuras gerações não percam sua identidade valorizando os saberes e fazeres.
O fiar mais uma vez encanta as crianças num entrelaçar de mãos enveredando a história de um povo e que denominamos cultura. E é através desta cultura que nos conhecemos, conhecemos o outro e formamos nossa identidade, pessoal e coletiva, criando raízes. Tivemos a presença das fiandeiras do município de Vazante/MG, das Bordadeiras de Paracatu/MG que vieram abrilhantar o evento.
Enfim, parabéns aos organizadores, no relembrar constante dos princípios do relativismo cultural para as novas gerações, na valorização da diversidade cultural, nos valores como respeito e tolerância; no estímulo permanente à curiosidade pela cultura e identidade tradicional, divulgando-as para que sejam conhecidas e reconhecidas na sociedade abrangente, de modo que seja transmitida a vontade de aprender, vivenciar, compreender, repassar e reinventar as tradições do nosso povo,da nossa gente.
A cidade de Guarda-Mor surgiu nos tempos em que os bandeirantes começaram a extrair ouro do córrego de Paracatu. Criou-se, então, um posto de Guarda-real (maior, mor). Reza a tradição de que ao pé do Chapadão dos Pilões, teria instalado um posto de fiscalização do ouro transportado para Uberaba. Saint-Hilaire, famoso viajante francês, em sua obra intitulada "Viagem as nascentes do rio São Francisco", menciona a fazenda do Guarda-Mor ao descrever a Paracatu do século XVIII. Conta-se segundo Caetano de Faria, autor do livro Guarda-Mor: seu povo sua história que os moradores José Maria Caldeira e sua mulher Anna Francisca Ribeiro fizeram a doação das terras para edificação da capela dedicada a Santa Rita de Cássia. A PÚBLICA FORMA DE DOAÇÃO, datada de 1848, consta do Cartório local, de acordo com o livro nº 02, fls 108. Por ser terreno da Santa e, por conseguinte, gratuito, muitas famílias vieram demarcar seus respectivos lotes e formou-se, assim, o arraial. A população cresceu ...
Comentários
Postar um comentário