A Praça da Liberdade,no dia 07 de junho de 2014, em Belo Horizonte, se tornou um imenso livro com histórias para contar de diversas cidades das Minas Gerais apresentando um rico celeiro com artesanatos, músicas, danças, literaturas, entre outras atividades.
As pessoas que por lá passaram tiveram a oportunidade de conhecer costumes e tradições de várias cidades diferentes, sem precisar se deslocar entre elas.
Estiveram presentes Campo das Vertentes, região metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Jequitinhonha, Noroeste de Minas, Sudoeste de Minas, Norte de Minas, Central e Triângulo Mineiro. Essas são as regiões mineiras que marcaram presença no encontro através das cidades: Alfredo Vasconcelos, Belo Horizonte, Caeté, Cipotânea, Chapada do Norte, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Coqueiro Campo, Diamantina, Gouveia, Guaxupé, Itabirito, Matias Cardoso, Nova Lima, Ouro Preto, Prados, Sabará, Serro, São João Del Rei, Uberlândia e Guarda-Mor.
Guarda-Mor esteve presente no 1º Encontro Mineiro do Patrimônio Cultural com seu modo de Tecer e Fiar, levando as fiandeiras do nosso município, a Sra. Luzia Pereira da Silva, Sra Luzia Menho de Assunção, Sra Angela Aparecida Marins Martins, Sra Edna Marins, Sra Hilda Vieira de Souza (Dica), Sra Lerica Nunes da Cunha e que por lá deixaram marcas, pegadas, trilhas, caminhos e estradas que foram abertas através de um movimento circular de produção de conhecimentos que, desde os saudosos tempos de Mário de Andrade, chamamos de bens culturais: saberes de um povo. Elas foram rodeadas pelos visitantes e turistas que visitavam a praça e demonstraram como o algodão se transforma em fio e o fiar mais uma vez encantaram adultos e crianças num entrelaçar de mãos enveredando a história do nosso povo. Nossas Fiandeiras, hospilaleiras de coração explicava tudo com a maior boa vontade sempre com sorrisos. Segundo, a Fiandeira Hilda Vieira de Souza, conhecida como Dica, nunca fora tão fotografada, sentiu-se uma artista. No nosso Stand passaram pessoas de várias nacionalidades visitando o artesanato que levamos e as colchas de Dona Aparecida Queiroz e Dica (Hilda Vieira de Souza) foram para Chicago com a turista e pesquisadora de grupos de Congado no Brasil Genevieve Dempsey. Guarda-Mor, cheia de encantos mil, atuou no berço das Minas Gerais, no relembrar constante dos princípios do relativismo cultural para as novas gerações, na valorização da diversidade cultural, no estímulo permanente à curiosidade pela cultura e identidade tradicional, divulgando-as para que sejam conhecidas e reconhecidas na sociedade abrangente, de modo que seja transmitida a vontade de aprender, vivenciar, compreender, repassar e reinventar as tradições da nossa gente, do nosso povo.
Eta!!! trem bom mineiro o nosso fiar .
Por: Rosângela Bianchi
Coordenadora Cultural.
A cidade de Guarda-Mor surgiu nos tempos em que os bandeirantes começaram a extrair ouro do córrego de Paracatu. Criou-se, então, um posto de Guarda-real (maior, mor). Reza a tradição de que ao pé do Chapadão dos Pilões, teria instalado um posto de fiscalização do ouro transportado para Uberaba. Saint-Hilaire, famoso viajante francês, em sua obra intitulada "Viagem as nascentes do rio São Francisco", menciona a fazenda do Guarda-Mor ao descrever a Paracatu do século XVIII. Conta-se segundo Caetano de Faria, autor do livro Guarda-Mor: seu povo sua história que os moradores José Maria Caldeira e sua mulher Anna Francisca Ribeiro fizeram a doação das terras para edificação da capela dedicada a Santa Rita de Cássia. A PÚBLICA FORMA DE DOAÇÃO, datada de 1848, consta do Cartório local, de acordo com o livro nº 02, fls 108. Por ser terreno da Santa e, por conseguinte, gratuito, muitas famílias vieram demarcar seus respectivos lotes e formou-se, assim, o arraial. A população cresceu ...
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